Os pastores e esposas mais antigos dizem que não era costume que alguém sentasse ao seu lado e explicasse como era a obra de Deus. A pergunta era: quer fazer a obra de Deus? Então vai! Hoje em dia existe uma preparação: reunião de namoradas e noivas de pastor, iburd, fora as muitas vezes que conversamos e mostramos como é a obra e o que eles vão passar se realmente decidirem servir no Altar, enfim.
Embora o trabalho de conscientização seja muito importante ele poderá apenas dar uma idéia do que vem pela frente. Nenhum pastor ou esposa poderá revelar o que você vai passar na sua nova vida de servo no Altar. Não existe “escola” que ensine e lhe dê todas as respostas que vai precisar e todas as atitudes que devem ser tomadas em cada situação que enfrentar;
E mesmo com tanta preparação, muitos entram e saem do Altar. Por quê?
Quando eu era obreiro e aguardava o momento em que seria chamado e largaria toda minha vida para servir a Deus, decidi fazer uma coisa: não queria saber como era a vida de um pastor, onde ele morava, como sobrevivia, etc. Eu só sabia de uma coisa: vou estar pronto para o que der e vier.
Minha esposa certa vez atendeu uma obreira que dizia ter desejo de ir para a obra. Porém, ela não mostrava paixão pelas almas e sim preocupação com seu futuro; perguntava de tudo, queria saber tudo. Nas primeiras vezes que ela ficou ajudando na cozinha da Catedral, desistiu dizendo: isso não é para mim.
Quem quer ir mesmo não está preocupado com o preço a pagar: onde vai dormir, o que vai comer, e sim em salvar os perdidos. Uma alma salva do inferno não tem dinheiro no mundo que pague. Vale a pena os momentos difíceis, a renúncia, a saudade da família, etc. Um dia estive contando para algumas obreiras que eu e minha esposa tínhamos em casa arroz, feijão e meia salsicha; ela queria que eu comesse tudo e eu falei que até a meia salsicha nós íamos dividir. Depois perguntei a elas se tinha fé para passar por isso, e no olhar, já vi a resposta.
O Espírito Santo fortalece os servos dele. E o Senhor Jesus disse que Ele nos lembraria as suas palavras o que fazer em cada deserto de vida. Vai uma ai?
“Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora”. (João 12:27)
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